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Tempo
Essa é a cara do tempo na Palma, sábado às duas da tarde.
E vejam o que o termômetro indica nessa mesma hora: 16º Ontem, um calorão de assar os cornos do vivente, por todo o RS e SC. Hoje esse baita frio em pleno mês de janeiro.
São Vicente do Sul - RS | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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Principais Manchetes
Correio do Povo
Geral
Ônibus tomba e deixa 15 feridos perto de Alegrete
Polícia
Agentes do Denarc presos por tráfico podem ser expulsos
Dupla estava com cocaína, dinheiro, arma e um caderno com anotações sobre o tráfico em Guaíba
Jogo-treino vai testar gramado e vestiários do estádio Beira-Rio
Menos badalado, Grêmio promete manter pegada e marcação
Diário de Santa Maria
Tragédia em Santa Maria, um ano depois
Emoção no primeiro dia de congresso em Santa Maria
Colisão entre caminhões na RSC-287 deixa três feridos em Santa Maria
Homem é morto a facadas por enteado em São Francisco de Assis
Assalto frustrado
"Ele está muito abalado", diz vigário sobre o frei que atirou em ladrão em Santa Maria
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Cotações
24/01 | SP | PR | RS | MT |
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Arroz | 43,00 | 49,53 | 35,69 | 48,15 |
Bovino | 112,30 | 112,36 | 3,89 | 96,83 |
Milho | 23,62 | 19,76 | 22,79 | 14,83 |
Soja | 61,75 | 61,10 | 62,30 | 52,76 |
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Passe Livre Estudantil
Estudantes de S. Vicente do Sul têm até o dia 29 de janeiro para aderir ao programa. Maiores informações no Facebook da Prefeitura.
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Polícia
É bom morar em S. Vicente do Sul
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Opinião
Exemplo
de Generosidade
O povo
brasileiro é um dos povos mais hospitaleiros, amigáveis e generosos do mundo.
Não é à
toa que muitos turistas vem até aqui, para conviver com nossa gente.
Somos
pessoas que se preocupam realmente com o próximo. Basta alguém fazer uma
campanha pedindo auxílio e, imediatamente, todos colaboram e resolvem o
problema do necessitado.
Somos,
também o povo das contradições inexplicáveis, dos paradoxos chocantes.
Não
sabemos porque persistem alguns problemas com o SUS, onde pessoas ficam semanas
deitadas nos corredores dos hospitais, esperando atendimento e, às vezes,
quando o socorro chega, junto vem o agente funerário, enquanto bilhões se vão
em obras de estádios onde serão jogadas uma ou duas partidas importantes e nada
mais.
Também
não se sabe porque existe muita gente ainda no analfabetismo, vivendo de
catar ou, pior, de comer restos de lixo.
É um
paradoxo inexplicável. Para algumas coisas, solução imediata. Para outras, nem
se procura solução.
Não se
sabe se estas estranhas atitudes do povo se devem ao vírus inoculado no cérebro
dos brasileiros através do BBB. Há suspeitas de que a generosidade somente se
faça acompanhar de eventual possibilidade de retorno, imediato, mediato ou em
outra encarnação.
Campanhas
por reformas em escolas caindo sobre crianças não conseguem levantar fundos
suficientes, mesmo que durem meses, anos. Pedido de ajuda a hospitais
agonizantes por falta de recursos parecem não sensibilizar a políticos,
empresários e cidadãos comuns.
Mas não
percamos as esperanças: nosso povo é generosíssimo. É apenas questão de
saber liberar e canalizar o lado
generoso de nossa gente.
Sabendo
como comover, convencer ou, quem sabe, ofertar vantagens, jamais os brasileiros
deixarão um irmão na pior.
Isso
ficou claríssimo num recente campanha arrecadatória para resolver problemas
financeiros de um irmão nosso, muito necessitado e carente.
Claro
que esse nosso irmão prestou inumeráveis serviços à comunidade e à nação. Ele é
muito diferente e sua contribuição ao país foi muito maior do que a do trabalhador humilde que passou anos e anos
se esfalfando sob um sol escaldante, pilotando uma britadeira. Quando esse
operário braçal teve necessidade de
fazer tratamento para os rins, detonados
pelo trabalho extenuante e com a deficiente reposição hídrica, não conseguiu,
sequer, consulta com um nefrologista,
quanto mais tratamento adequado e internação.
Como
diria a comediante aquela: "Brasileiro é tão bonzinho ...!!!"
E como
não qualificar de bonzinho um povo que em questão de horas arrecada 637 mil
reais para ajudar a um irmão, passando fome, necessidade, carecendo de
tratamento de saúde, ...
Não
temos dinheiro para escolas, hospitais, asilos.
Temos
dinheiro, temos espírito solidário, gente cooperativa para pagar a multa de R$667.000,00, imposta a um
político condenado pela Justiça.
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Humor
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Foto da Semana
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Causos do Piá da Palma
Hoje segue o livrim. Capítalo: Inveja - parte II
Continua na próxima ...
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Causos de um "motorista" de aparelho
Gravataí a Araranguá - parte do meio ...
Deviam
ser umas quatro da madrugada e o despertador abriu um berreiro do lado da cama.
Peguei o material necessário ao vôo, e me larguei, ainda na escuridão, rumo ao
sítio de vôo, pois queria chegar em Araranguá antes que começasse o Nordestão.
De
fato, antes do nascer-do-Sol estava tudo pronto. Esperei o nascimento e me
larguei, faceiro com guri de bombacha nova, num vôo liso, tranqüilo, daqueles
em que a gente realmente sente prazer em estar no céu. A sensação, num vôo
desses é de que realmente o Céu existe e está aqui.
Mas
alegria de pobre dura pouco. Nem tinham passado vinte minutos de vôo e já sinto
umas sacudidinhas, avisando: se a esta hora, com o Sol recém-saído, já há turbulência,
não seria melhor fazer a viagem noutro dia?
Quem voa, porém, sabe, depois
de iniciado um vôo, a gente sempre arruma uma justificativa para levá-lo até ao
fim, mesmo que as condições não sejam as que imaginávamos. E me peguei
pensando: “Algum ventinho localizado, por diferenças de temperatura entre áreas
plantadas, águas, e áreas de arborização.”
Ao
chegar na Lagoa dos Barros deu para ver que o ventinho não era tão localizado
assim, pois as marolas estavam em toda ela e indicavam: Nordestão chegando. E
dali para a frente começou a briga.
Para
chegar a Capão da Canoas, onde devia reabastecer já demorou um tempão.
Reabasteci o mais rapidamente possível e, embora nem fossem oito horas, o vento
já era forte. Liguei para o Zé, em Araranguá, a fim de saber do vento e me
garantiu que lá estava tudo na mais perfeita calmaria.
Se lá está calmo, logo, logo, tudo se acomoda.
Decolei
e já foi um sufoco vencer a turbulência orográfica, pois a gente decola em cima
da cidade, com alguns edifícios, felizmente não muito altos, mas que
desestabilizam a massa de ar em movimento. Não me abalei muito, sabendo que,
sobre o mar o vento era liso.
E
aproei o Atlântico.
Foi
um alívio. Terminaram-se os sofrimentos.
É
pra já que pouso no destino – pensei.
Cometi,
então um ‘erro’: olhei para a praia. Tudo na mais perfeita ordem. Escolhi um
ponto de referência e, depois dum bom tempo, olho para a esquerda e o que vejo?
O
tal ponto correndo comigo. Só podia ser isso: todo aquele tempo e continuava do
meu lado.
“Fica
tranqüilo, não tens turbulência, há combustível para três horas e meia de vôo.”
O
vôo continuava liso, uma ‘tranqüilidade’... Mas quem disse que chegava em
Arroio do Sal, Arroio Teixeira, essas praias tão próximas, para os felizardos que
iam de carro.
Comecei
a prestar atenção nos raros carros que andavam pela praia, nos trechos em que
isso era permitido: fuscas, Brasílias, Chevettes, todos, sem exceção me
ultrapassavam. Os únicos a não me passarem eram os pescadores e os varredores
da praia que usavam carroças, puxadas a cavalo e, acho que era porque não
queriam judiar dos bichos...
Torres
demorou uma eternidade. Até acho que
foram duas ...
E
o pensamento: quanto mais tempo no ar, maiores as possibilidades duma pane. Com
esse povo todo na praia, pouso salgante, que não é justo pôr em risco a vida de
quem nada tem a ver com essa minha briga com o Nordestão. Pouso nágua, com
sorte avião perdido; com azar, mais um para dar substância aos camarões e
outros frutos-do-mar...
Desde
que passei a Praia da Guarita, até a Barra do Mampituba passou-se o tempo que
vocês estão levando para ler esta história ou mais.
O
vento sobre o mar, liso, o que me compensava pela demora.
Continua na próxima semana
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