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segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

30 de dezembro de 2013 - segunda


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Tempo


   Amanhece com 22 graus na Palma. Vento Sudeste fraco e perspectivas de outro dia de fritar ovo sem consumir gás ou lenha.
As lavouras de arroz estão gostando, mas as de soja e milho, se continuar assim ...
São Vicente do Sul - RS
Dia
Tempo
Temperatura
Chuva
Segunda, 30/12
chuvas rápidas
27°C/36°C
2mm
Terça, 31/12
pancadas
27°C/35°C
13mm
Quarta, 01/01
pancadas
26°C/35°C
17mm
Dia
Tempo
Temperatura
Chuva
Quinta, 02/01
chuvas
26°C/30°C
46mm
 
  Todo o mundo na torcida para que a SOMAR Meteorologia esteja certa!
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Supermercados de São Vicente agora não abrem aos domingos e feriados
   Claro que os empregados merecem seu descanso. Mas deixar a cidade sem local para se comprar alimentos é ir longe demais.
      Será que os sindicalistas se deram conta de que é possível estabelecer escalas de trabalho, permitindo que todos os funcionários tenham, através do rodízio, também o seu domingo de convívio com amigos e familiares.
      Será que  se levou em conta que o atendimento aos domingos obriga a contratação de mais gente e que a remuneração de trabalho nesse dia é maior?
   Depois vem a reclamação por São Vicente não progredir ...
   Progresso vem com trabalho, respeitando, é claro, o direito de todos.
   Se o empregado tem direito à sua folga, o cidadão tem direito a comprar comida.
   Querendo, dá para se chegar a um acordo.
   O que não dá é para deixar toda a cidade comprando num só lugar
 
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Cotações Agropecuárias

27/12SPPRRSMT
Arroz41,0552,1035,0048,15
Bovino113,93112,563,7094,71
Milho23,2419,3022,3714,02
Soja63,1865,5863,6861,90
Dólar - R$ 2,337 (estável, lá em cima ...) 
 
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Alerta
   Refresque-se nos balneários, mas não converta a alegria em tragédia.
      S. Vicente do Sul já teve muitas perdas em 2013.
      Evite banhos na hora de maior calor. O choque térmico poderá causar mal-estar, cãimbras, etc.
        Escolha: ou beber, ou curtir a água. Nunca faça as duas coisas simultaneamente.
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 Humor


sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

27 e 28 de dezembro de 2013 - sexta e sábado


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Alerta Importante

   Com essas temperaturas, beba água à vontade, evite andar ao Sol.
   Se for à praia, rio, açude, lagoa, muito cuidado.
1- Não entre nágua depois de umas biritas, nem que a vaca tussa:
2- Mesmo sendo bom nadador, procure não nadar sozinho;
3 - Jamais permita que crianças tomem banho desacompanhadas;
4 - Procure ter um objeto flutuante (câmara velha de pneu, boia de criança, qualquer coisa, amarrada numa corda de trinta metros no mínimo). Com esse equipamento simples a maior parte das tragédias que já ocorreram poderiam ser evitadas.
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Principais Manchetes
Diário de Santa Maria
Efeito Santa Maria

Tarso sanciona lei que prevê maior rigor na prevenção de incêndios no RS

TEMPO

Previsão do tempo

Temperatura de 40°C e pancadas de chuva pelo RS marcam a sexta-feira

Grêmio pretende regularizar salário dos jogadores até o final do ano

Dida assina com o Inter e será goleiro do clube pelos próximos dois anos

Tentativa de homicídio

Homem é baleado nas costas e na cabeça na Vila Natal em Santa Maria

Jovem de 29 anos está em estado grave no Husm
Quatro devem ser indiciados por esquartejar jovem



Correio do Povo

Geral
 
RS terá sexta-feira escaldante, com marcas acima dos 40°C



Esportes
 
Tribunal nega habeas corpus a torcedores presos em Joinville

Nosso Comentário

   Futebol é um esporte bonito, emocionante, popular. Não entendo, jogo pouco, mas gosto de ver um jogo disputado com garra e lealdade.
   Acontece, entretanto, que há muito o futebol profissional deixou de ser uma diversão popular e virou um comércio milionário. O sujeito acerta uns dois coices na bola, é chamado de craque por um narrador ou comentarista e fica ganhando quinhentos mil reais, reclamando o tempo todo e se fazendo de vítima. Será que não temos narrador ou comentarista levando o seu também?
 
   O esporte está virado numa "máfia" de gente buscando encher o bolso, a cueca, a mala, as meias.
   E esta máfia inclui gente que, não podendo se afofar, com apoio dos que se locupletam, vão a estádios para extravasar toda a sua frustração em manifestações de violência.
   Sou radicalmente contra esse negócio de permitir o chamado futebol força, onde um grandalhão pesado impõe-se apenas por essa característica. Ir levando por diante adversários mais leves e franzinos, para mim, nunca foi e nunca será futebol. E, se quiserem que a coisa prossiga assim, então criem categorias divididas por peso, como nas lutas.
   Foi-se o tempo em que um baixinho conseguia se impor por sua ginga, malícia, inteligência. Um ou dois tanques de guerra postam-se à sua frente ou jogam sua massa contra o craque franzino, o juiz valida o empurrão, desde que seja com o corpo e estamos numa boa.
   Assim, o  mau exemplo sai do campo para as arquibancadas. Aliás, vem desde os escritórios refrigerados dos cartolas, que pagam passagens para "torcedores" apoiarem o time mundo a fora.
   Pensem comigo: um sujeito trabalhador, com emprego fixo, responsabilidades familiares, como vai conseguir ficar fora dois ou três dias da semana, para apoiar o time do coração? Por mais compreensivo que seja o chefe, poderá autorizar excepcionalmente uma viagem, numa situação especialíssima. Nunca, todas as semanas.
   Essas torcidas organizadas que passam apenas viajando, me digam, vivem de que?
   Exijam carteira de trabalho, assinada por empresas ou empregadores idôneos, desses valentões de estádio e verão como eles desaparecerão milagrosamente.
   Há torcedores bem intencionados. Famílias vão a estádios, mas ficam reféns desses marginais.
   Quem bate num pai e numa criança dentro dum estádio, para mim é pior do que um assaltante que visa apenas conseguir uns pilas, um bem e, se a vítima não reagir, nenhum mal lhe faz. Tinha que ficar mais tempo na cadeia do que o dito assaltante, pois é muito mais perigoso e de carácter muito mais deformado, se é que tem carácter.
 
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Tempo
São Vicente do Sul - RS
Dia
Tempo
Temperatura
Chuva
Sexta, 27/12
pancadas
27°C/39°C
4mm
Sábado, 28/12
pancadas
27°C/37°C
3mm
Domingo, 29/12

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Fotos

São Vicente do Sul tem o seu modesto coreto.
 
Cachoeira do Sul, se achando, tem "Chateau D'Eau". (Fazendo biquinho de francês: chatô dô ...)
 
 
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Cotações
26/12SPPRRSMT
Arroz41,0552,1034,9548,15
Bovino113,93112,563,6294,71
Milho23,2419,3022,3614,02
Soja63,2765,5864,3061,90


Dólar - R$2,350 (leve queda)_________________________
"Lembranças de Guri"
   Texto extraído do melhor livro já escrito sobre as aventuras de um piá no Distrito da Palma ...


 
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Pajadinha Básica

A cosa se parou hosca:
Isso por mais que se reze
Lá se foi 2013,
O povo apertando a rosca.
A gente parece mosca
Arrodeando até ficar fraco.
Nada de sair do buraco.
Pro Noel o causo é feio
Vir, até que ele veio,
Mas tava vazio o saco!!!
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Gratidão Especial

Pois certa ocasião este fotógrafo-piloto ou piloto-fotógrafo, (esta dúvida está me matando e provocando baita crise existencial, que quase estou marcando hora com o analista de Bagé), foi procurado por certo fazendeiro para fazer fotos de uma área de suas terras.

Dito fazendeiro quis aproveitar e ir junto para fazer uma filmagem básica.

Tudo ia dentro dos conformes, mas havia um detalhe. O cidadão fora piloto na juventude e tinha noções do que é uma pista ideal, condições-limite de vento, essas coisas ...

A hora para o voo não era a melhor: primeira hora da tarde, quando os ventos se somam às térmicas ...

Decolamos normalmente e lá nos fomos sacolejando no rumo do objetivo a ser fotografado.

Já na decolagem, o ilustre contratante teimou comigo que eu estava decolando numa pista mais curta do que a usada na última vez em que voara, isso no 14 Bis, pois agora estávamos no flamante Kitfox, com seus 80 hps para 280 kg de peso. Isso prova que o ex-piloto já estava preocupado com o pouso.

Tenho certeza de que a decolagem fora na pista mais curta (em apenas 20 m - se tanto), pois a pista dita longa, ainda não existia quando fizemos o outro voo.

Sacode prum lado, leva queda de asa por outro, pega ascendente, pega descendente, o voo não era, assim, uma Brastemp, mas estava perfeitamente controlado.

Notei que meu passageiro não estava, assim, tranquilo.

Fizemos as fotos e tratamos de voltar, embora, por saber que o homem era apaixonado por avião, eu insistisse em que ele desse uma relembrada nos velhos tempos e voasse um pouquinho.

Não aceitou a oferta de jeito nenhum, maneiras.

Bem, ele era o "operador" do voo e  quem mandava.

Tratamos de voltar ao ninho de águia mas nem tanto ...

Ao fazer a perna base o "operador" insistia em ressaltar o pequeno tamanho da pista e repetir a pergunta: não seria melhor pousar noutra pista agrícola, mais longa e aproada?

E o manicaca aqui teimando em tranquilizar o homem:

- Fica frio, esse ventinho eu tiro de letra, mesmo sendo de cauda e través a 45º. Já pousei com cada ventão ...

E era verdade. Vezes e mais vezes saíra na maior calmaria e, ao retornar, horas depois, o Lestão tinha chegado com tudo e não havia o que fazer. Trocar de cabeceira era inviável, pois o toque seria a descer e o começo da pista pegava a "sombra" do arvoredo da chácara. A alternativa era ficar sem alternativa ... e pousar com vento no traseiro e enviesado. Por sorte ou um certo treinamento, sempre me safara bem na peleia com os ventos.

Eu sabia disso.

Tinha certeza disso.

Provas e mais provas disso.

Ele não.

Só tinha minha palavra, que muito bem poderia ser o velho truque do piloto acalmando passageiro.

Como realmente o pouso exigia toda a concentração, não pude ver o tamanho do arregalamento de olhos do homem.

Lá embaixo uma pistinha de 360m, com cerca na cabeceira, vento de cauda, a 45º pela esquerda e cá em cima dois sujeitos dentro duma pandorga confiável, boa de comando, mas levezinha e caborteira uma barbaridade.

- Fica frio, está tudo sob controle. Vamos sacudir um pouco, vou pousar com a asa esquerda caída, mas é proposital, pois pretendo tocar com uma roda só, e dominar o teco no chão. Não te assusta com a impressão de velocidade e demora na parada. Não vamos varar a pista. Repito: isso é coisa que sempre faço.

E lá ele acreditou?

Com vento de cauda é louco quem vier para pouso em baixa velocidade.

A cerca chegando muitíssimo rápido, numa aproximação a 70 milhas e aquele toquinho de pista para tocar, perder velocidade, erguer o nariz e parar antes da outra cerca.

Para quem só foi piloto de aeroclube e não estava acostumado com essas manobras a sensação era, digamos, no mínimo, de lenha certa no avião, hospital ou, lucro de funerária...

Passamos a cerca numa velocidade ...

Toquei dentro dos 'meus movimentos friamente calculados', primeiramente a roda esquerda, depois a direita, mais da metade da pista e nem pensar em tocar nos freios ...

Na outra cabeceira há um açude. Ele deve ter pensado: "hoje, mesmo não estando muito quente, relembro os tempos de piá, tomando banho com as primas ..."

Faltando uns 150 metros, uma leve beliscada nos parantes.

Mais uma, outra, mas o avião continuava correndo rumo ao banho.

Pena que na época não possuía uma câmara GoPro para filmar passageiros encagaçados ...

Nos setenta metros finais, quando a pista recomeça a descer, paramos, com uma boa margem duns quarenta metros antes da cerca,  coisa a que eu já estava mais do que acostumado.

Só que ele, não. Aqueles 40 m pareciam apenas 4...

Taxiamos, descemos e fomos ao escritório, onde seria feito o pagamento do trabalho contratado.

O cidadão gozava de elevado conceito na comunidade e ainda goza. Inclusive o conceito de não ser assim, um pródigo em termos de gastos, para não usar o termo "tio Patinhas", seguro, etc ...

- Barbosa, tu não ficarias ofendido se eu preenchesse o cheque um pouquinho acima do valor que combinamos?

Foi o único caso de gorjeta (e essa foi de 30% sobre o valor do trabalho contratado) que recebi até hoje.

Agora vocês imaginem o aperto das partes aquelas ...



Observação:
Dá para ver o "tamanho" da pista, no cartão foto, no cabeçalho do blog ...

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

24 de dezembro de 2013 - Agradecimento

Agradecimento Especial

   Supreendentemente, depois que perdemos todos os anunciantes e, por absoluta falta de tempo, tivemos que reduzir o número de postagens, cada vez que postamos, o número de acessos continua a crescer.
   Como já devem ter notado, o blog não faz sensacionalismo policial ou de qualquer espécie. Também procuro não ser parcial politicamente.
Claro que aponto os erros do governo, em qualquer esfera e desço a lenha em políticos de mau carácter ou de nenhum carácter ... Mas, sempre que possível, procuro ater-me aos fatos, não às tendências políticas.
   Acho que isto faz com que os leitores acreditem no que escrevemos.
   Também tenho notado que, sempre que apresento comentário ou opinião, os acessos sobem. Parece que os leitores gostam de quem tem alguma ideia a apresentar.
   Muito obrigado, mesmo, pelo prestígio de todos.
   O blog é nosso e, a única realização do blogueiro é ter muitos acessos, pois quanto ao retorno financeiro ... Necas de pitibiribas ...
   Ah, uma coisa que me intriga é o excepcional número de acessos na Malásia. Temos alguma colônia de vicentenses por lá? Ficaria muito lisonjeado se algum dos leitores de lá fizer um comentário ou escrever diretamente para o e-mail.
  Mais uma vez, muito obrigado e um
  Baita e Feliz Natal!
   Baita e Feliz Natal!

24 de dezembro de 2013


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Tempo
Terça, 24/12 - Previsão Completa
Período
Tempo
Temp.
Chuva
Vento
Umid.
Outros
Madrugada
poucas nuvens
19°C
0mmE-19km/h
94%
Máxima:
36°C
Mínima
19°C
Chuva :
0mm
Nascente:
05h39m
Poente:
05h39m

Manhãpoucas nuvens19°C0mmE-17km/h
77%
Tarde
poucas nuvens
32°C
0mmE-7km/h
21%
Noitepoucas nuvens36°C0mmE-20km/h
48%
..                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                            
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Principais Manchetes
Correio do Povo
Grêmio anuncia a contratação de Pedro Geromel
Grêmio descarta reduzir pedida por Leandro
Inter negocia saídas de três jogadores para o Criciúma
As mais lidas
23:37 > Véspera de Natal será de calor intenso no RS
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Diário de Santa Maria
Obras da KMW estão liberadas em Santa Maria
Viagem segura no feriado

Polícias rodoviárias pedem atenção e prudência aos condutores que irão pegar a estrada neste feriadão
Motociclista morre após colidir contra canteiro de avenida em Santa Maria
Motorista é assassinado a tiros em balneário de São Gabriel

Eletricista é morto a tiros em Santa Maria

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Estradas
   Outra boas notícia: foram tapadas as crateras na BR287, entre São Vicente do Sul e Santa Maria.
   Mas atenção: no feriadão de Natal e Ano Novo todo o cuidado é pouco.
   O melhor seria não beber. Mas se beber, não dirija. Fique em casa, vá dormir, entregue o carro a quem não bebeu.
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Opinião
   São Vicente do Sul é uma terra especial. Ao que parece não tem idosos na cidade.
   É simples verificar como o blogueiro não está errado. Basta ir a um supermercado ou qualquer outro estabelecimento comercial da cidade, e, pela ausência de caixas especiais para idosos, gestantes, deficientes, ter a comprovação.

   Já presenciei e até vivenciei casos de constrangimento, quando o idoso quer fazer valer os seus direitos.
   O Estatuto do Idoso, parece, não tem validade por aqui. A Lei Federal não alcança os habitantes de São Vicente do Sul. 
   Idoso não é descarte, material obsoleto, gente que só incomoda.
   O idoso é pai de alguém, avô de algum comerciante, bisavó do dono de uma loja. Será que esse pessoal esqueceu sua origem? Ou pensam haver brotado das macegas?
   Está certo que a gente (sou idoso e assumo) tem as suas manias, suas limitações, mas isso não justifica o descaso, o preconceito e o desrespeito à Lei.
   Boa parte de nossos comerciantes e responsáveis por estabelecimentos de atendimento ao público não está muito longe dos sessenta. Não gostariam de ser respeitados e valorizados quando chegarem lá?
   Pois, então, deem o exemplo agora.
   O Papai Noel é um velhinho de barba e cabelos bem brancos!
   Vamos aproveitar o espírito natalino e tomar a decisão de respeitar e valorizar o idoso!
   No embalo, respeitar também o deficiente, a gestante, a senhora com criança de colo.
   Ah, seria bom aproveitar e voltar aos bons tempos da boa educação, da gentileza, da cortesia, quando um mais jovem cedia lugar ao mais velho, à moça, à senhora ...
   Certos retrocessos levam um povo ao progresso ...
   FELIZ NATAL A TODOS!
  Pela ordem: primeiramente aos idosos, gestantes, deficientes, tudo como determina a lei ...
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Olhem a coincidência.

   O blogueiro já havia escrito o texto acima, quando deu uma vasculhada em seu Face e  deu de cara com essa história, muito adequada.
       Que exemplo para todos nós, especialmente para nossos politiqueiros, grande maioria!

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   *O homem da foto tem 98 anos, chamado Dobri Dobrev, ele é búlgaro e perdeu sua audição na 2ª Guerra Mundial. Todos os dias ele anda 10 Km, com suas roupas feitas em casa de sua aldeia para Sofia, onde ele passa seus dias mendigando. Apesar de ser conhecido por várias igrejas da cidade, por sua presença constante, a idade e a atitude de profunda gratidão para a esmola que lhe dão, só descoberta recentemente que ele doa cada centavo que recebe (até à data, cerca de 40.000 € cerca de 150.000 Reais) para orfanatos públicos e para a restauração de monumentos nacionais. Ele próprio tem uma pensão de € 80,00 cerca de 300 reais por mês e vive exclusivamente desse dinheiro. Uma das muitas figuras deste mundo que não irá para a história, mas que bem merece, pelo menos o nosso respeito, reconhecimento e uma profunda reflexão sobre o verdadeiro significado da palavra solidariedade e humanidade (no seu melhor sentido). Eu acredito que para ser feliz, muito mais do que a maioria de nós todos!*
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Foto de Alvaro Dias.

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Humor

Foto de Felipe Albuquerque.

sábado, 21 de dezembro de 2013

21 de dezembro de 2013 - sábado


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Natal em S. Vicente do Sul



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TEMPO



    Amanhece com 17 graus, vento Leste fraco. O Sol deve aparecer daqui a pouco.

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PRINCIPAIS MANCHETES
Diário de Santa Maria
Viagem segura no feriado

Polícias rodoviárias pedem atenção e prudência aos condutores que irão pegar a estrada
Confira o que abre e o que fecha durante o feriadão de Natal em Santa Maria

Correio do Povo
Fim de semana terá forte calor e pancadas localizadas
Fluxo rumo ao litoral deve ser intenso na manhã deste sábado
Dilma admite erro de trânsito e pede desculpa via Twitter
Dilma levou neto no banco de trás do carro Credito:Samuel Maciel
Presidente levou neto no colo enquanto andava no banco de trás de carro
Pernambuco decreta luto oficial pela morte de Reginaldo RossiOperários estrangeiros ilegais são identificados no Beira-Rio
22:19 > Manobra de emergência evita colisão entre dois aviões
Koff descarta tentar a contratação de Ronaldinho

Contrato do camisa 10 com o Galo se encerra no final do ano
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ALERTA
   Continuamos alertando para o perigo dos rios, lagoas, açudes e mar.
   Infelizmente na semana passada, duas irmãs gêmeas morreram afogadas na Praia das Areias Brancas, em Rosário.
   Na região já foram muitas as tragédias nesse início de verão.
   Neste sábado inicia a Operação Golfinho que deverá ajudar na preservação de vidas preciosas.
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Cotações
20/12SPPRRSMT
Arroz41,0551,6135,0948,10
Bovino113,89111,813,6394,22
Milho23,1819,0422,3713,98
Soja63,1866,8364,3261,22
Dólar R$2,385
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Eventos
Feira de Cacequi Teve Pouco Público


 A foto acima foi feita no domingo, 15, durante a 6ª Expofeira de Cacequi. Como se vê, pelos poucos carros estacionados nos arredores e pelas pessoas circulando, foi fraquíssimo o movimento.
Talvez a época do ano, com as correrias de Natal e o calorão expliquem parcialmente o acontecido.
   Estas são as "barrocas" do Macaco Branco, a 6 km do centro de Cacequi.
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Estradas
   Uma boa notícia: o trecho entre Santiago e Jaguari teve as crateras tapadas.
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Pajadinha


Se há uma coisa que eu noto,
É que se formou a quadrilha
Pra usar o bolsa família
Como comprador de voto.
Mesmo em lugar remoto,
Não dá pra esquecer este assunto:
Todo o mundo pega junto,
O governo é "muy" humano!
Paga pra castelhano

E paga até pra defunto!!!

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Humor


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Livro "Lembranças de Guri"
   Hoje, o final da história da semana passada.

Semana que vem tem outra aprontação do guri da Palma.
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Causos de um Piloto
   Ao final da história há esclarecimentos sobre expressões estranhas a quem não é piloto.

                    A Primeira Experiência


                   Já era piloto privado, com bastante horas de vôo, muito convívio com aeronaves e aeroclubes, por causa do trabalho com fotos aéreas, mas em matéria de ultraleve, era um analfabeto de pai e mãe.

                   Andava por Novo Hamburgo, tentando vender minhas fotos  para algumas empresas da região e, como todo apaixonado por vôo, sempre que possível, dava uma bisbilhotada no céu. E o que vejo? Um inseto voador todo diferente, biplano, aberto, voando no circuito de tráfego do Aeroclube de São Leopoldo, meu ninho de “águia”, mas não tão “águia”, assim ...

                   Que vender foto, que nada. Parei tudo e me mandei para lá, a fim de conhecer o “aparelho”, como dizia o saudoso Ivan Azambuja.

                   Ao chegar, vejo alguém levando uma surra da aeronave, pois não conseguia pousar. Todo o mundo no maior pavor, pois já era a segunda tentativa e o “comandante” comia toda a pista flutuando e nada de tocar. A gurizada fazendo sinal para que cedesse o manche, mas o dito, por cacoete de instrutor no Aeroclube, insistia em chamar mais ainda, só que o avião não entrava no famoso “estol controlado ao nível de  toque”.

                   E lá se foi para mais uma arremetida.

                   Enquanto fazia novo circuito de tráfego, fui especular o que estava acontecendo. “É que o Cel. Albrecht trouxe o May (nome do ultraleve), para demonstração e os instrutores e pilotos de mais experiência estão fazendo um “test drive” - foi o que me disseram.

-         E quem autoriza ou escolhe os que podem voar? – perguntei.

-         Ah, isto é com o Marcos.

                   Era ele o instrutor-chefe à época.

-         Marcos, põe meu nome aí na lista, que eu quero voar.

                   - Nem pensar – foi a resposta categórica.
                   - Como “nem pensar”, se tenho muito mais horas de vôo do que qualquer um desses instrutores aí. Se eles conseguem, por que é que eu não vou conseguir?

                   - Tu não tás vendo que o cara não tá conseguindo pousar? Para tu teres uma idéia, até eu não vou voar – complementou – como se isso fosse um argumento definitivo.

                   Retruquei:

                   - Tu não voas porque é cagão. Mas eu não sou. Marcos, em nome de nossa amizade e do monte de horas que ganhaste nas navegações pagas por mim, fala com o Albrecht e diz que eu tenho condições de fazer um circuitozinho.

-         Tá bom, mas algo me diz que tô buscando encrenca.

                   Falou com o homem e ele autorizou minha humilde pessoa a voar.

                   Passou-se então ao ‘briefing”. Acho que o mais curto que já fiz até agora, tanto que dezesseis  anos depois ainda lembro perfeitamente de todo ele:

                   - Dá-lhe manete, chama com setenta, sobe a setenta, cruza a noventa e pousa a setenta. Não esquece que o freio é na mão, para as duas rodas e que esse avião flutua muito. Para tocar na pista tens que ceder o manche. Podes decolar daqui da intersecção, mesmo, que não há necessidade de aproveitar toda a pista, que ele sobe que é um louco.

                   Falou isso enquanto ajustava os pedais, que ficavam muito longe, para as pernas curtas do baixinho aqui.

                   Assim, me fui, todo cheio de razão, achando que já era um ás.

                   Pelo pouco que andei no solo – somente a distância entre o pátio e o intersecção - não tive tempo para maiores avaliações. Chegando à pista, alinhei e dei-lhe manete.

                   E aí a coisa encrespou de vez. Eu, que era acostumado com aviões lentos, que aceleravam devagar, tipo Paulistinha, Piper 140, Tupi, quando me dou por mim estou grudado no encosto por causa do torque, vendo o velocímetro disparar, no maior pavor (controlado), que decido abortar a decolagem, pôr o rabo no meio das pernas e admitir que ainda não estava pronto para aquele tipo de vôo. Só que a potência do motor, combinada com a leveza do avião, combustível no mínimo de segurança e o pouco peso do piloto magrela, andaram mais rápido do que o neurônio em funcionamento naquele dia.

                   A decisão de abortagem já me pegou no ar.

                   Então me bateu uma repentina vontade de visitar clientes, oferecer fotos, mesmo aos mal-educados, aos unhas-de-fome, qualquer espécie de gente ruim, desde que estivessem conversando comigo no solo.

                   Como falei, o pavor era controlado. Se um problema não tem solução, solucionado está.

                   “Se quero rever a Ju e o resto da família tenho que me manter voando”, pensei enquanto cravava os olhos no velocímetro, seguindo as instruções do longo “briefing”: sobe a setenta milhas.

                   Mas tinha um sério problema: a setenta milhas, a impressão que tinha era de que estava subindo na vertical e que a qualquer momento iria entrar num estol de badalo, ou coisa parecida. “Se tiro o motor para diminuir o ângulo de subida sei lá que atitude ele pode tomar. Vou fazer o seguinte: mantenho a aceleração e subo num ângulo mais suave.”

                   E lá me fui, subindo a noventa milhas, que era só o risco e o fedor. Completada a subida reduzi a manete, para manter as noventa de cruzeiro.

                   Aí tive uma folguinha para olhar para baixo e quase me borrei todo: estava montado num banquinho mais estreito do que meu sentante, o que  dava a sensação de estar pendurado num par de asas veloz e sensível, nada tendo que passasse por baixo do meu corpo. De novo o pavor controlado ...

                   Mas aí já eram horas das manobras de pouso. Reduzo um pouco a velocidade, mas não para os setenta, giro a base, pego a final e, como estava um pouco mais veloz do que o aconselhado, o ângulo de descida foi maior e permitiu que estivesse em altitude quase de toque bem no início da pista.

                   Se entrando a setenta o avião flutuava toda a pista, imaginem a oitenta ...

                   Só que eles “não contavam com minhas astúcia”. É claro que eu não iria bancar o bocó de ficar chamando o avião para tentar um toque convencional e comer toda a pista, tendo que me submeter a todo aquele pavor de novo, se fosse necessária uma nova arremetida. “Ele falou que tem que ceder o manche do contrário o avião não pousa.” Dei uma olhada para baixo e vi o pneu do trem  a mais de um metro do solo. “Tô alto. Dá para ceder bastante”.

                   E cedi.

                   Mas a cedida foi uma espetada.

                   Para quem olhava à distância, pilonagem certa.

                   O Albrecht contava o avião perdido, o instrutor-chefe já se via expulso do aeroclube por haver autorizado a experiência.

                   Repito: “não contavam com minha astúcia”.

                   Quando vi o trem quase tocando, arredondei e toquei “manteiguinha”, de acordo com “todos os meus movimentos friamente calculados”.

                   Mas, e alguém acreditou que eu fizera aquilo de  forma consciente e sob controle?

                   Cheguei ao estacionamento achando que mereceria cumprimentos pelo curtíssimo pouso. O que recebi foi uma baita mijada:

                   - Barbosa, se tu queres te matar, escolhe outro jeito, não o Aeroclube. Como é que tu me dás uma espetada a tão baixa altura? Tiveste muita sorte!

                   - Ué, vocês não disseram que tinha que ceder o manche. Eu cedi.

                   Não sei porque, de repente apareceu um problema no “aparelho” e ninguém mais voou naquele dia....

                   Eu, no entanto, voltei para casa todo bobo. Entrara pela primeira vez num ultraleve, não fizera duplo algum nem em aeronave levemente semelhante, não “quebrara a garça”, pousara manteiga e ainda dera um cagaço na rapaziada.

                   Sentia-me um verdadeiro ás.

                   Ou seria asno?...


                  
Expressões um tanto estranhas para quem não é da aviação:
- Ceder o manche - empurrar com suavidade para frente o principal comando aerodinâmico do avião. Seria o equivalente o volante de um carro, que além de movimentar-se para os lados, movimenta-se para frente e para trás, para descer ou subir.
- estol - quando as reações aerodinâmicas já não conseguem manter o avião voando e ele perde sustentação.
- briefing - expressão inglesa para a reunião onde são passadas as instruções para o voo ou missão.
- manete - seria o acelerador do avião. 
- sobe a setenta - fazer a rampa de subida a setenta milhas por hora.
- giro a base - curva que nos coloca na perpendicular da pista de pouso.
- pego a final - entro na reta final de pouso.
- espetada - manobra brusca com o manche, para a frente.
- pilonagem - o equivalente a capotagem "de lombo", do avião.
- arredondar - manobrar para interromper a descida e tocar no solo com suavidade.
- pouso manteiga - pouso deslizante, onde a aeronave toca o solo quase que sem o piloto ou passageiro sentir.

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domingo, 15 de dezembro de 2013

15 de dezembro de 2013 - domingo

Tempo
Temperatura de 18º. Pouquíssimo vento.
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Eventos
   Continua a 6ª Expofeira de Cacequi. Maiores detalhes na postagem de ontem.
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Alerta
    Cuidado ao dirigir-se a nossos balneários. As últimas enchentes alteraram e muito o leito dos rios. Se beber, não entre nágua nem ande de barco.
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sábado, 14 de dezembro de 2013

14 de dezembro de 2013 - sábado


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Eventos


  

CACEQUI

A 6ª Expofeira da cidade começa hoje

A 6ª Expofeira de Cacequi começa hoje, no entorno do ginásio municipal. Os shows musicais são a principal atração da feira, que vai até domingo. Hoje, o show é com Rodrigo Ferrari e banda Simfolia, amanhã, com FatDuo e grupo Yandê, e no domingo, último dia de evento, o palco do ginásio recebe Gabriel Valim. Em cada dia, os ingressos têm preços diferentes, que variam de R$ 16 a R$ 39. Mais informações pelo telefone (55) 3254-1362.
Fonte: Diário de Santa Maria
 

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Tempo
   Na Palma, 26º, pouco vento. Abafado.
 
 
Pela foto do satélite, amanhã a coisa vai ser parecida.
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Correio do Povo
Sonda espacial chinesa pousa na Lua

Corpo de Mandela chega ao vilarejo de Qunu

Poucas opções dificultam escolha de novo técnico do Grêmio



Diário de Santa Maria
 
Homicídios

Dois homens são mortos em Santa Maria e um em Santiago

Acidente

Homem morre em colisão entre caminhão e carroça, na BR-392, em Santa Maria



Uma criança que também estava na carroça está em estado grave
 
Violência no trânsito

Acidente em Faxinal do Soturno deixa um morto

Plantio das culturas de verão se encaminha para final, beneficiado pelo clima




Fim da espera
 
 

Agora é oficial: Inter confirma Abel Braga como novo treinador

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Cotações Agropecuárias

13/12SPPRRSMT
Arroz41,0351,6134,7248,04
Bovino112,15110,193,5593,59
Milho23,4218,8022,3814,12
Soja63,2868,6966,3661,03
 
Dólar 2,335
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Livro "Lembranças de Guri"



   Querem saber se eu morri ou não? Comprem o livro ... kkk ... he, he, he ...
   Se este grande escrevinhador estiver bem humorado no próximo sábado, talvez, se der, dependendo, tec e tec, publique o resto ...
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Pajadinha

Sou índio que o  mundo rola.
Vivo riscando estrada.
A minha lida é jornada
Como fio que desenrola.
Mas ultimamente me amola
Um vexame permanente,
Que encabula o vivente
E me bota em mutismo.
Me falam: "Que tal o racismo
Nas bandas de São Vicente?"

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Humor

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Agora, embora pareça mentira, uma das tantas histórias do meio aeronáutico. Isso acontece, de fato, com testemunhas, todas já falecidas, mas testemunhas ...

         O Ultraleve Kamikase do Pacheco

 

        

         Pois, como dito, o Pacheco gostava muito de furungar nos seus “aparelhos”.  Se estivesse ruim, tinha que melhorar, se bom, tinha que revisar, se  estivesse excelente, tinha que abrir para ver como é que se fazia para deixar daquele jeito ...

 

         E mais futricava do que voava.

 

         Num belo dia encasquetou que o seu ML 200, 300, 400, 401, sei lá, estava com algum problema de carburação. E mãos à  obra.

 

         Desmontou o carburador, limpou, assoprou, regulou e tudo o mais  que uma furungação de respeito exige...

 

         Veio a hora da montagem que, para mim, é a pior de todas: como mecânico desmontador, até quebro o galho, mas como montador, sempre enfrento a famosa sobra de peças ...

 

         Pois o Pacheco era um futricador mais preparado: montou o  carburador e não sobrou peça. Infelizmente.

 

         Após montado, nada restava, senão colocar o carburador no ultraleve. Colocado, havia que testar o funcionamento.

 

         Como o aviãozinho ficara um bom tempo sem funcionar, a bateria se fora e o jeito era fazer pegar na manivela. O improvisado mecânico aeronáutico passou à categoria de relojoeiro:  dê-lhe corda ...

 

         O ML estava meio temperamental naquele dia e não queria pegar. Ou queria preservar o dono.

 

         Finalmente, quando o homem já estava com o braço que nem o do Popeye de tanto dar hélice, o ML pegou.

 

         Como todos sabem, neste tipo de avião, ao se dar hélice, fica-se numa posição bastante perigosa, entre a dita e o conjunto leme/profundor.  Pois foi nessa posição perigosa que o motor pegou a pleno, pois o novel especialista em carburação montara alguma coisa errada.

 

         Veio, então, a luta por segurar a cavalaria do motor, que, no caso tinha comido muito milho e estava com energia de sobra. Não deu outra: o avião foi mais forte e a traseira do ultraleve passou por cima do apavorado mecânico que, por pouco não foi arremessado contra a hélice girando a mil.

 

         Avião é feito para voar e foi o que aconteceu com o recém-consertado ultraleve. Horas e horas decolando, pousando, cruzando pelos céus, que, no subconsciente da máquina, ficam gravadas todas as dicas do piloto ou instrutor, e ninguém ignora que avião tem alma, vontade, temperamento ...

 

         Ganhou os céus de Gravataí o avião do Pacheco.

 

Mas não pensem que decolou de uma pista em meio a grande área deserta. O aeródromo além de curto, cercado de redes elétricas e árvores, ainda tinha a vantagem de estar rodeado por vilas na maior parte dos lados e,  num outro, pela obra da GM.

 

         Todos nós, pilotos, não resistíamos à tentação de ver o progresso da primeira fábrica de automóveis a se instalar no RS. Por isso o aviãozinho já sobrevoara várias vezes tal obra e, como ultraleve também é bicho curioso, mesmo sem piloto, o ML encasquetou de ver a montadora.

 

         Quando o Pacheco viu o avião rumando para aquelas bandas, dizem que foi um tal de pegar-se com todos os santos conhecidos e os que estão por ser canonizados, pois, se caísse no meio das instalações da multinacional, mesmo vendendo tudo o que tinha, o homem teria de reencarnar um montão de vezes, para pagar o prejuízo.

 

         Dê-lhe rezar.

 

         Ou por serem fortes as rezas, ou por ter quase todo o avião alguma tendência, o aeromodelo criado a Toddy começou a fazer uma curva.

 

         Vendo as preces atendidas, o Pacheco, homem reconhecido, começou a rezar pela graça alcançada.

 

         O solitário brinquedo voador curvando, curvando.

 

         Quando o fervoroso cristão abre os olhos, eis que um ultraleve kamikaze vinha na final dum mergulho certeiro e mortal.

 

         Que rezar, que nada. O Pacheco, mais o seu Oly, seu guarda-campo e guarda-sítio, correram para trás das colunas do hangar, na esperança de não serem atingidos diretamente pela mortífera aeronave.

 

         O guerreiro invisível sabia muito bem o que queria e prosseguia com os dois na alça de mira.

 

         Foi um tal de pedir perdão dos pecados, que os céus, donde vinha o perigo, tivessem piedade e acolhessem duas almas cristãs no paraíso.

 

         O Céu ou o Inferno deviam estar com problemas de superlotação e, uma providencial rajada de vento bateu no leme da máquina exterminadora.

 

         O ultraleve recém-regulado, com motor afinadíssimo, rendendo todos os hps possíveis foi, incrivelmente,  estatelar-se numa lavoura de cana a apenas 100 metros da pista, mas ainda dentro do sítio de seu piloto, sem causar qualquer dano a terceiros. Nem destruíra a GM, nem matara ou ferira os dezoito ocupantes de cada uma das casinhas ou barracos das vilas próximas.

 

         Dizem que, depois desse susto o Pacheco furungava, mas, em carburador, nunquinhas.

 

         O referido é a mais pura verdade e dou fé.