Logo após a tragédia de Santa Maria, minha terra de nascimento, andando pela chácara, passando por uma roseira, deparei-me com um ramo secando, uma rosa desfolhada e um botão se abrindo.
Comovido, fiz a foto, sem nenhum retoque ou montagem, num simbolismo do que aconteceu: a morte que levou aquelas flores jovens para o azul do infinito, mas que não conseguiu vencer a vida, que se renova sempre.
Como escrevi contra o ex-religioso aquele que está lançando um livro, já com sete edições encomendadas, visando faturar, esclareço que não quis vender a foto, a poesia, nem buscar retorno no mídia.
Por Santa Maria
Vilsom Jair Barbosa (um filho da Terra)
O manto escuro da morte
Chegou sem qualquer recado.
E flores recém abertas
Foram cobrir o Céu.
Mas a vida é teimosa
Como criança insistente
E o novo botão-de-rosa
Surgiu, assim, num repente.
Uma flor vinda do azul
Uma esperança nascente
Que ameniza, que consola,
O sofrer de tanta gente ...
Estranheza
Tive que ir à Estação Rodoviária de são Vicente e, para minha surpresa, às onze horas de sábado vi movimento de quem ia fechar. Continuei sentado, pois achei que devia ser por causa do vento, reflexo do sol, etc. que estivesse requerendo o fechamento de alguma porta.
Vendo que me olhavam com uma certa pressa para que saísse, perguntei se estavam fechando.
Pois não é que estavam?
Agora eu pergunto: se alguém, vindo de uma cidade distante, desembarca, num dia de frio, chuva e vento e tem que aguardar transbordo ou alguma pessoa para vir buscá-lo, tem que ficar exposto ao tempo, em pleno horário comercial. Se há apoio legal para fechar em horário comercial em que não haja ônibus, não sei, mas que fica chato pruma cidade ter a Rodoviária fechada às onze horas, ah, isso fica.
Outra pergunta: se alguém se programa para ir lá comprar passagem exatamente nesse horário, o que faz?
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