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sábado, 18 de maio de 2013

18 e 19 de maio de 2013 - sábado e domingo



Previsão do Tempo


Hoje a chuva deve começar logo após o meio-dia, de fraca intensidade, com possibilidades de chegar até aos 12 mm à meia-noite. Ventos podem chegar a 25 km/h, do leste. Temperatura de 8 a 13º. Amanhã, chuva deve totalizar 23 mm, vento fraco do sudeste, temperatura de 13 a 19º. Terça o tempo firma e se vai até o dia 1º de junho.
Atualização de domingo, 08:50 - acreditamos que as previsões de chuva, nas quantidades acima não se devem confirmar. Segunda, talvez umas pancadinhas. Depois o tempo fica bom com as temperaturas não caindo tanto quanto na semana passada.

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Exposição
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Eventos
Entidades
   43º Baile do Arroz
   Promoção do Lions Club
    Dia 25 de Maio - 23:30
    Clube Vicentino
  "OBAM DA BOA"
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Remate
   XXVIII Remate Anual CIT 14 e Convidados
   Dia 22 de maio - IFF
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Comparando


                         São Vicente em 1956 - à esquerda a árvore que na foto atual, feita no sentido inverso, fica à direita. Notar a casa do Sr. João Miranda e o depósito das Lojas Becker mais ao fundo, à direita.



A mesma Rua, com a diferença de movimento de veículos.
É uma pena que o movimento econômico e populacional dos tempos antigos fossem maiores do que os de agora. Isso provaremos na postagem de sábado e domingo que vem.

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São Vicente do Sul Precisa
   Que a administração continue trabalhando, mesmo com as dificuldades de máquinas sucateadas, usando a criatividade, como fez com a retro aqui na Palma. Parabéns!


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Viajando


Quinta,  voltando de Santo Ângelo, resolvemos fazer umas fotos do gado pastando, à tardinha. Qual não foi a surpresa quando, dumas macegas, sai correndo um bicho. Era esse gato que, não pode ser gato de casa. Também não seria uma jaguatirica, pela cor. Mas, pelas orelhas e tamanho, é gato selvagem, só que nunca havia visto com esse tipo de pelo. Alguém sabe que tipo de nacionalidade é a desse filhote de onça?

Ano passado fotografamos esse exemplar que morreu atropelado. Somente um grande conhecedor pode dizer se é jaguatirica, gato-do-mato-grande ou pequeno. São espécies parecidas.

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Humor
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 Sobre as Fotos Antigas da Semana
Passada
   Quem são eles? Os noivos, Luiz de Bacco Dornelles e Dinorá; o patriarca  Donato Dornelles de Quadros; a propriedade, a Fazenda Bom Retiro. A senhora sorridente Alice Dornelles, viúva do Capitão Emídio, mãe do  saudoso Dr. Castor Dornelles.
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Crônica da Semana

ORA, DIREIS, BEBER CYRILLINHA ...
                                           Vilsom Jair Barbosa


Quem, sem falsa modéstia, nasceu em Santa Maria lá pela década de 50 do século passado, é triplamente privilegiado: em primeiro lugar, por ter nascido no Coração do Rio Grande, em segundo, por haver nascido numa época toda especial – que alguns até chamaram de anos dourados, e, por último e mais importante, ser criança na única cidade em que se fabricou e fabrica a Cyrillinha, um refrigerante exclusivo, feito com casca de laranja, com sabor todo especial, principalmente, para quem já passou dos cinqüenta. Esse, a que a cada gole mergulha num mundo de sonhos e lembranças.

Era um toco de gente quando um aparentado inventou de casar. Se casou, deu festa; se deu festa em Santa Maria, tinha que dar Cyrillinha para a miudalha.

Fui, então, solenemente apresentado ao refrigerante que até hoje, quando visito minha terra, me faz perder horas e horas, procurando botecos, mercadinhos de periferia, bolichos, armazéns, comércios rurais, supermercados, enfim, todo e qualquer lugar onde haja uma remota possibilidade de eu voltar a ser guri, e tomar a melhor de todas as bebidas de minha vida. Lembro que no primeiro gole, por não estar acostumado com bebidas gaseificadas, me atrapalhei todo devolvendo boa parte da Cyrillinha misturada com algum salgadinho ao impecável vestido de alguma dama de honra ... Mas era gaúcho (de menos de dois anos), mas gaúcho, e não ia deixar a coisa por isso mesmo. Pedi mais e provei para os grandes que um verdadeiro macho não entrega a rapadura: tasquei outro gole na boca e, embora parecesse que ia explodir, que meu nariz fosse arremeter fogo, aguentei firme, engoli, gostei, e, dali a pouco, pentelhava, exigindo repeteco.

Até acho que o atual fabricante deveria pedir autorização ao pessoal lá de Cima para usar o “slogan” “Deixai vir a mim os pequeninos, porque dos tais é o reino dos Céus” em sua campanhas promocionais. Porque toda a vez que tomo uma Cyrillinha, volto a ser um dos tais “pequeninos” e me sinto dono de algum terreninho de esquina nos loteamentos celestiais...

Era uma garrafinha exclusiva, inclusive com menor quantidade de líquido do que as gasosas, sodas laranjas, sodas limonadas e outras similitudes arrotantes. Não sei se era malandragem do fabricante, isso de ter garrafa exclusiva (e com menos refrigerante), mas que era uma garrafinha diferente, ah, isso era.

Também poderia ser uma malandragem , diríamos, mais ética, nada a ver com menor quantidade, mas com a intenção marketiniana de, oferecer em garrafa especial, uma bebida especial. Garrafinha honesta, totalmente cristal, com a marca e qualquer outro escrito apenas em relevo, para que nós, piazedo, víssemos o conteúdo em sua totalidade e só parássemos de pentelhar os grandes, depois de nos darem a bebida.

O gringo fabricante era um baita entendido em propaganda e marketing ...

Com marketing ou não, menor volume com intenção apenas de lucrar mais ou marcar a exclusividade, o certo é que todos os detalhes surtiram o efeito esperado e guri santa-mariense que não gostasse de Cyrillinha, sei não, até de outras coisas poderia ser acusado ...

Bebíamos Cyrilinha em aniversários, batizados, casamentos, quermesses, festas de igreja protestante, especialmente as festas das “Dorcas” adventistas. Acho que até em enterros ...

Qualquer acontecimento tinha que ter a bebida. Ai do adulto que esquecesse o sagrado dever de municiar-se de Cyrilinha nas geladeiras dos ricos, nas caixas de serragem com barras de gelo enterradas, no caso dos pobres, classe a que pertencia este humilde escrevinhador, não por opção pessoal, evidentemente.

Se ocorresse a tragédia de faltar , era tiro e queda: o encarregado de comprar as bebidas infalivelmente, poucos dias ou horas depois caía de cama, doente, era atropelado por uma lambreta, levava cagada de passarinho no terno recém-comprado ou, pior, até abotoava o paletó, pois todo o mundo sabe que praga de guri tem uma força ...

Mas o mundo foi passando ... Foi passando o tempo. Foram passando as pessoas. Os que compravam Cyrilinha na minha infância, se foram desta para melhor. Os que não compraram, apenas foram-se ...

Chegou meu tempo de comprar refrigerantes para a criançada. E foi um tal de Coca, Pepsi e outras estrangeirices. Ninguém reclamava ou rogava praga quando não havia a melhor bebida que um guri pode tomar ...

Agora vejo a explicação de, nos aniversários de minha filha Juliana, sempre me atacar a sensação de que algo estava faltando. Também, em Porto Alegre não tinha Cyrillinha.

Dizem que o Céu é muito bom, bonito, maravilhoso, etc. e tal. Mas se lá esquecerem de comprar Cyrillinha para o piazedo, não me venham com conversa fiada: paraíso é que não é.

E assim termino de tomar 600 ml de Cyrilinha , que tirei de uma garrafa PET (2 l) trazida lá de São Vicente do Sul, transferi para garrafinhas menores, dessas estrangeiras, a fim de não perderem o gás.

É o que sempre faço quando as bolsas caem, chove demais em algum lugar, assaltantes matam crianças, presidentes informam que nada viram, pois eu, Cyrilinhólatra, fraco de espírito, não resisto e me refugio na garrafa.

Aí descubro o baita poder alucinógeno desta bebida de aparência inocente, que me livra dos problemas, leva a tantos lugares, apaga mágoas, realimenta ilusões, ressuscita ideais, me dá uma inexplicável sensação de invulnerabilidade, de poder quase tudo e ter toda uma vida pela frente.

Tal como quando era guri.

Com uma vantagem: sem ressaca , larica, essas coisas.

Mais não digo porque não sei mentir.

Porto alegre, 05 de março de 2007.







  

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