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quinta-feira, 28 de novembro de 2013

28 de novembro de 2013 - quinta-feira



CONSCIÊNCIA RACIAL OU CONSCIÊNCIA HUMANA

   Há poucos dias li  que "a sociedade precisa não de consciência negra, amarela, branca ou qualquer outra, mas de consciência humana".
   Ontem, trabalhando no novíssimo Forum Central de Porto Alegre, uma moça beirando os vinte anos parou em frente ao elevador, que chegara para apanhar passageiros e, desrespeitando todos os demais usuários, incluindo idosos que nem o blogueiro e mais um bom número de advogados, ficou terminando um papo com uma sua amiga, enquanto a ascensorista esperava que a mesma se dignasse a embarcar. Depois de um bom tempo resolveu que não embarcaria e foi continuar o papo com a coleguinha...
   Um clássico exemplo da falta de consciência humana!
   Por falta de consciência humana foi que nossos antepassados foram à África e de lá trouxeram irmãos nossos para trabalhos forçados e maus tratos.
   E dizer que nosso país à época intitulava-se cristão. Ainda se intitula!
   Essa barbárie é revoltante e não tem explicação ou justificativa.
   Nenhum ser humano tem o direito de arrancar outro de sua família, sua terra e obrigá-lo a ser escravo.
   Mas os "cristãos", católicos e protestantes o fizeram e achavam que estava muito bem e bonito.
   E nos domingos se iam à missa e aos cultos numa cara de pau que não tem tamanho.
   Deus realmente é amor. Assistir a tudo isso sem mandar um terremoto, uma enchente ou algo parecido, para exterminar o povinho capaz dessas coisas, só mesmo com amor incomensurável ...
   Sou contra o dia da consciência negra.
   Sou contra o dia da consciência branca.
   Sou contra qualquer dia de consciência baseada em raça, qualquer que seja.
   Temos que lutar é pela consciência humana, onde amarelos, negros, brancos, mestiços, todos sejam considerados apenas por sua condição humana, não por traços raciais.
   Consta que aqui em São Vicente ocorreu um lamentável incidente de manifestação de preconceito racial.
   Se, de fato, ocorreu, fica chato para nossa cidade.
   No calor da manifestação da tribuna, às vezes é possível escaparem palavras  de que  nos arrependeremos por toda a vida.
   Está certo que atualmente há uma inversão de valores, onde há, inequivocamente, disposições legais claramente racistas.
   A constituição declara que não se pode discriminar alguém em razão de sua origem racial.
   A Lei das Cotas na educação, reserva um percentual de vagas a descendentes de negros, índios, etc.
   Se os negros e índios gozam de privilégios que não se estendem aos brancos, japoneses, chineses, etc., temos aí discriminação racial clara, em favor do negros e índios.
   O erro que os ancestrais brancos e "cristãos" cometeram não podem ser compensados com outros erros.
   Dia da consciência negra, do orgulho gay, são sem dúvida consequência da falta de consciência humana.
   Se os negros, os índios forem à revanche em virtude do grande mal que lhes causamos, estamos fritos em pouca banha.
   Depois, quando for possível, os brancos revidarão de novo e a coisa se prolongará pelos séculos dos seculórios ...
   Temos que valorizar as pessoas, nos conscientizar de nossa condição de homens. Isso independe da cor da pele, do grau de "civilização".
   Sempre falo que, enquanto a terra era habitada pelos "bárbaros" não civilizados e não cristãos, o planeta permanecia relativamente equilibrado. Foi os civilizados e sua tecnologia tomarem conta e está dando no que vemos. Em dezenas de anos causamos mais estragos ao planeta do que todos os nossos ancestrais por milhares, milhões de anos.
  A civilização está destruindo a civilização, se é que me entendem.
   O que foi divulgado  na internet, onde o presidente da câmara teria dito que os brancos é que sofrem preconceito por parte dos negros, que o vereador Joel, se não fosse racista deveria ter casado com uma negra, não uma branca e adotado filho negro, não branco, é inaceitável.
  A vida pessoal e, principalmente a familiar de cada cidadão tem que ser respeitada e, ainda mais, resguardada pelos nossos homens públicos.
   Não temos o direito, mesmo com a famosa "imunidade parlamentar" de nos imiscuir na vida pessoal e familiar dos outros.
   O vereador Joel ou qualquer de nós pode casar com quem o coração escolher, seja da raça que for e nada temos a ver com a escolha. É opção pessoal, que envolve terceiros que nada têm a ver com política e devem ser respeitados em sua individualidade e privacidade.
   Respeito o vereador Gilberto Rosa, mas, até por este respeito que tenho, imagino que deva estar extremamente arrependido pelo comentário infeliz e ruinoso.
   Somos o país onde a miscigenação das raças, o entrelaçamento religioso e a ausência de ódios políticos permanentes resulta numa paz e fraternidade dificilmente vista em outras sociedades.
   Quando a gente perde as esperanças com nossos políticos, governantes e, até com decisões erradas do povo, ao vermos a alegre harmonia em que convive nossa sociedade, surge uma luz no fim do túnel e voltamos a acreditar no que está por vir.
   Não vamos acabar com um dos poucos motivos para acreditar em nosso futuro: a harmônica convivência de todos os que construíram e ainda controem, apesar dos mensalões, um Brasil, que, talvez, ainda venha a ser um país sério.

Um comentário:

João Carlos Adams disse...

Prezado blogueiro Vilsom Barbosa, respeito sua posição, mas não foram os brancos e sim os negros que iam ao interior da Africa para prearem outros negros com o intuito de os venderem aos brancos como escravos nas costas do Atlântico. Quanto ao problema estre o Joel e o Coió, já é antigo, e a divergência é política e não racista, só que como são semi-alfabetizados, acabaram dizendo besteiras.