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Vote na enquete sobre os valores de diárias pagas aos membros da Câmara Municipal, na coluna da direita.
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Falecimento
Estão ocorrendo no Cemitério Municipal de São Vicente do Sul as cerimônias de sepultamento de LUÍZA VANDA DA SILVA, falecida em nosso hospital, depois de complicações renais, aos 60 anos de idade.
Era professora estadual de educação física aposentada.
Notícia postada às 11 e meia de sábado.
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Tempo
São Vicente do Sul - RS | |||||||||||||||||||||
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No centro de São Vicente, às 10 e meia essa era a temperatura.
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E aqui na Palma virou um ventão que parece tormenta, vindo do Sudeste (o tal de PAMPEIRO).
Foto das onze e meia da manhã.
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Principais Manchetes
Diário de Santa Maria
Mais calouros
Segunda chamada da UFRGS será divulgada à 0h deste sábado
Fatalidade em São Sepé
"Fumaça se espalhou rapidamente", diz tio do menino que morreu no incêndio
Acidente na BR-392
Carreta que tombou tem carga saqueada
Parte da soja se esparramou nas margens da rodovia
Correio do Povo
Esportes
Inter confirma jogo contra o Caxias no estádio Beira-Rio
Geral
Fim de semana será de tempo bom com marcas agradáveis
Grêmio deve encarar Esportivo com time misto
MPF garante convicção de culpa de três réus de acidente da TAM
Prefeitura garante verba para estruturas temporárias da Copa
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Cotações Agropecuárias
14/02 | SP | PR | RS | MT |
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Arroz | 43,45 | 48,28 | 36,09 | 48,15 |
Bovino | 116,85 | 113,78 | 3,93 | 98,21 |
Milho | 25,65 | 21,12 | 22,58 | 15,48 |
Soja | 61,55 | 62,17 | 63,50 | 53,84 |
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Nossa Cidade
Nossa Praça Central
Dá gosto andar pela praça, onde temos nosso cartão de visita, o Coreto.
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Vila Novo Horizonte
Uma simples carga de pedra resolveria o problema, no máximo, duas.
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Política
Abaixo, as despesas com diárias, publicadas no site de transparência da Câmara Municipal.
Empenhado em diárias para o exercício 2013
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Polícia
Tudo na calma, por aqui.
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Humor
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Causos do Piá da Palma
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Causo Aeronáutico
(Talvez vire um livro futuramente)
Demonstrando o Netuno
O ultraleve Netuno foi a minha primeira aeronave. Como toda a primeira, marcou profundamente, inclusive na hora de vender, inclusive pela dificuldade de se conseguir comprador. Acho que gastei quase metade de seu valor em anúncios, e, nada ...
Até que surgiu um interessado, coisa de não se desprezar de jeito nenhum. Sabia eu lá quando apareceria um outro?
O eventual comprador era um piloto agrícola de Uruguaiana, encarregado de fazer a aquisição para um amigo do Mato Grosso. Estava realmente interessado, tanto que se largou lá da fronteira com a Argentina até Porto Alegre, de ônibus, coisa dumas dez horas de viagem.
Combináramos que o apanharia na Rodoviária em Porto Alegre e que iríamos à pista, examinar o ‘aparelho’ e, é claro, fazer um voozinho.
Sábado pela manhã, lá pelas sete horas, toca o telefone. Era o dito, avisando que já estava aguardando. Olho para fora, e vejo a coisa mal parada. Aquela garoazinha típica de inverno, coisa duradoura na certa, já me tirava a possibilidade de fazer o ‘Marimbondo” voar. Todo o mundo sabe, para efetivar a venda, nada como deixar o comprador babando de vontade de poder, em definitivo, gozar as delícias dum bom vôo.
A pista ficava em Itapuã, a 38 km , sendo que 14 deles em estrada de terra, ruim para mais de metro. Tudo contribuindo para criar um clima de não venda. Imaginem o sujeito entrar numa buraqueira depois de 10 horas de ônibus ...
Mas agüentou firme os buracos e o barro. Chegamos ao hangar, q checamos o ultraleve e, embora garoasse, resolvi, pelo menos, fazer roncar os 2.200 cm3 do motor Volkswagen que, aliado ao tipo de surdina fazia um barulho impactante.
E quem diz quer o motor pegava. Ficamos horas dando corda, examinando velas, corda de novo. distribuição, carburador, mais corda e, pegar que era bom ...
Umas duas horas depois a coisa funcionou. Aí, para comprovar de que eu realmente falara a verdade ao dizer que aquilo não era normal, era dar hélice apenas uma vez e o funcionamento era um ronronar macio.
Pelo andar da carruagem, já dá para ver o que se preparava. Sem mais nem menos começamos a achar que a garoa amainara, que o vento Minuano diminuíra de intensidade, que dava para dar umas corridinhas na pista, por que não?
E lá nos fomos. Como a pista era do tipo primeira metade em subida e a segunda a descer, não era possível decolar e pousar em frente, pois faltaria espaço para a frenagem.
Corrida vai, corrida vem, um piloto agrícola, que é classe de gente muito peituda e um ultraleveiro com uma certa bagagem, começou a disputa interior de vaidade. Eu pensava: ‘Se não convido para um vôo, vai ficar achando que sou cagalhão.” Ele, decerto: “Se me convidar, aceito, pois se não, me desmoralizo”.
Mas a guerra de vaidades veio à tona:
- O que tu achas? A garoazinha não dá nada e o vento praticamente parou.
Realmente, naquele exato momento houvera uma calmaria.
- Estou por ti. Tu é que sabes o que dá para fazer com o Netuno.
- Então vamos nessa.
A corrida e a decolagem foram tranqüilas, mas quando saímos da “sombra” dumas figueiras e outras árvores o pau quebrou. O vento que parecia quase parado lá embaixo, no alto era quase uma tormenta. Era um tal de sacode, joga prá cima, atira prá baixo, empurra de lado, derruba uma asa, que não sei como consegui manter o controle.
“Mas onde é que eu estava com a cabeça? Me jogar numa garoa com vento que nem essa? E ainda por cima com um co-piloto? Se só quebrar o avião no pouso, estou num baita lucro, isto é se tiver pouso ...”
Que sinuca de bico: se ficava baixo, pegava a turbulência do terreno e da vegetação, se subia um pouco o vento era aterrorizante. O jeito foi ir até um meio termo, onde desse para tentar uma curva. Chegando à altitude que julguei adequada, esperei um momento de relativa calmaria, desses que quase sempre vem depois duma turbulência forte, cedi o manche para ter um pouco mais de velocidade, pois quando pegasse o través e o vento pela cauda, o velocímetro cairia um monte.
E dê-lhe berrar:
- Fica tranqüilo que está tudo sob controle!
Só o vento e a garoa acreditavam ...
Veio o momento crucial da curva. Fiz com a maior derrapagem possível, que, com um ventão daqueles, oferecer a asa era um brinde às funerárias. Chegou a fase da transição em que o vento, antes de proa vai mudando pro través e, finalmente, para a cauda. Em quanto cairia a velocidade? Haveria sustentação suficiente? O coração na boca, pé e mão trabalhando freneticamente para manter o ultraleve voando. Chegou o famigerado vento de cauda, velocidade caiu, mergulhamos um pouco, mas nos mantivemos em vôo.
- Isto é normal. Já peguei coisa muito pior – menti descaradamente.
A aproximação prometia uma turbulência de respeito. Inicialmente pegava-se um coxilha com uns pinus no alto, depois uma descida cheia de coqueiros e, lá embaixo, muito lá embaixo, começava a pista, em elevação até a primeira metade.
Na realidade ou se pousava no meio inicial da pista ou ..., isto em circunstâncias normais ...
Com aquela turbulência toda não dava para entrar lento, arriscando a perder os comandos. Entrar veloz significava alto risco de não parar antes da cabeceira oposta, que era um aterro duns três metros seguido dum descidão, quase pirambeira, destruição certa do avião e muitas chances de quebraduras, ou pijama-de-madeira.
Decisão: entro veloz, atiro-o na pista assim que passar a maldita cerca, tento frear, caso não consiga segurar normalmente, cavalo–de-pau e seja o que tiver que ser.
E nos viemos.
De tanto manche e pé, já nem batia ‘schimmier’, fazia gemada, dada a velocidade em que mexia nos comandos.
O co-piloto com uns olhos que eram uns patacões tentava manter as aparências.
Nunca menti tanto em tão pouco tempo:
- Fica frio. Já pousei aqui em tempo pior.
Passamos ‘pinus’, coqueiros, cerca, chegou a pistinha. Joguei no chão o bicho, mas, para minha surpresa o toque foi suave e, antes mesmo do topo estávamos parados, coisa duns cento e cinqüenta metros.
Com um ventão daqueles, era evidente que a parada seria curta assim que tirasse o motor. Agora é facil chegar a essa conclusão elementar, mas na hora do pavor, atento principalmente à necessidade vital de se manter voando, não dá para fazer muitos cálculos, dá? Se você acha que dá, pegue um avião ultraleve básico, de comandos lentos, escolha um dia garoento, com um vento de rajadas de mais de 45 km/h , decole dum porta-aviões cercado de obstáculos, pouse e me confirme se conseguiu fazer os tais cálculos.
Sentindo que apavorara o comprador, tentei remendar com comentários do tipo:
- Com uma garoa e um Minuano desses a gente nunca voa de ultraleve: fica nos pelegos com a prenda ou tomando um mate no galpão, proseando, jogando carta, essas coisas. Ultraleve é para dia calmo, sem vento, pela manhã, quando ainda não há térmicas.
- Bah, tchê, me apavorei com o quanto vocês têm que usar os comandos. Não paraste um minuto.
- Com um vento desses, primeiramente tu não voarias um Ipanema (agrícola). Se voasses, trabalharias quase a mesma coisa.
Mas não teve jeito.
Além de não vender o Netuno, acho que espantei um futuro ultraleveiro para todo o sempre.
29 de abril de 2004.
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