Assim está o lado nascente da Palma. 21º, sem vento, agora. Daqui a pouco deve ir para uns 10 km/h, do Leste.
O poente se apresenta assim. Segundo previsões a radiação ultravioleta será alta, teremos pancadas esparsas durante o dia, com maiores possibilidades à tarde. Probabilidade de alguma tempestade localizada. A unanimidade é de que teremos 15 mm hoje, mas na média. Em alguns locais pode passar e noutros nem chegar a isso.
Do final da tarde para a noite começam a diminuir as chuvas isoladas e o domingo será de tempo bom. Ou ruim, se a chuva for pouca.
Abaixo a imagem de radar da REDEMET, das quatro da manhã.
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Principais Manchetes
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*Santiago
Mulher é encontrada morta dentro de loja
* Rosário do Sul
Homem é assaltado por trio quando saía do banco
* Santa Maria
Supermercados e comércio vão funcionar neste final de semana
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http://www.correiodopovo.com.br/
* Juiz define prisão imediata a Marin após condenação nos EUA
* Ex-presidente da CBF pode pegar até 20 anos de detenção
* PREVISÃO DO TEMPO
Frente fria traz temporais ao RS neste sábado
http://www.estadao.com.br/
* Juiz nega em caráter provisório pedido de prisão domiciliar a Maluf
* 6 FIM DE ANO
Cotações
soja - 63,00
arroz - 35,00
gado - 65,00
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Aventura
Sábado é dia de historinha. Hoje o causo é dum voo enfrentando ventão de 70 km/h.
Enfrentando
o Ventão
Meus cinco leitores já devem andar de
saco cheio com minhas constantes
afirmações de que já estou no hangar até antes do Sol nascer, em dia de vôo.
Mas não é mentira.
Como sempre faço vôos longos, quanto
mais cedo sair, menos turbulências, ventões, etc.
Nada
como voar de manhã, no fresquinho, sem vento, pressão alta, atmosfera estável.
Os comandos respondem exatamente como esperamos.
É uma
delícia voar assim. Só não saio mais cedo, pois também dependo da luz, para
minhas fotos.
Pois bem, em mais uma madrugadinha lá
se ia o Lambe-Lambe rumo ao aeroporto de
Caçapava do Sul. Deveria o sujeitinho fazer o traslado do 15 BIS, daquela
simpática cidade e acolhedor mas fechado aeroclube, para São Gabriel, coisa
duns quarenta minutos de vôo, em circunstâncias normais.
Esperava chegar na pista sem nenhum
vento, pois ainda era escuro e a previsão era de tempo bom, com possibilidades alterações
meteorológicas apenas no dia seguinte.
Assim, fui checar o valente companheiro
para esta jornada que se afigurava tranquila e rápida.
Para quem não sabe, Caçapava do Sul
localiza-se no alto dum platô, com quatro cabeceiras, sendo que as pistas
formam um “L”.
Uma delas começa, a Leste bem num dos
lados do platô, o de maior altura e termina num descidão dos graúdos. Para se
ter idéia da real dimensão do desnível, basta dizer que o aeroporto está a 1350
pés e lá embaixo a altitude não chega a 300 pés.
Fica fácil imaginar o tamanho das
turbulências orográficas num lugar
assim. A Pista Sul Norte começa numa descida forte e termina já quase na
cidade. Resumindo, em dia de vento, o melhor para se voar dali, é de carro.
Mas eu estava lá de manhãzinha, sem
vento, portanto, tranquilo que nem água de poço.
De repente um fantasma dá um sacolejão
numa porta do hangar. Acho que até seria melhor fosse, de fato, o dito ser de
outro mundo.
Volto aos preparativos do vôo quando o
fantasma insiste. Saio para a rua e já o bicho andava aprontando em todos os
lugares. Os eucaliptos estavam agitados, uma leve poeira subia da pista de
terra.
“Bem, lá se foi o meu traslado.”
Mesmo assim prossegui o preparo da aeronave, com a desculpa de que mais tarde ou no dia seguinte, quando o vento
acalmasse, já estaria tudo pronto.
E muitos de vocês sabem o que é a
ansiedade por voar.
A gente planeja um vôo. Se no primeiro
dia não der, aceitamos o fato sem maiores traumas. Se no segundo também não for
possível voar, já ficamos cabreiros. No terceiro, bem, no terceiro, somos
capazes de achar que um furacão é apenas uma brisa suave.
Mas eu não ia cair nessa, prometi-me. “Vou
esperar” – pensei.
Fui à cidade, tomei um café, sempre de
olho na agitação das árvores.
E,
isso mesmo, elas estavam se acalmando. O vento diminuía, especialmente para
permitir meu vôo.
Voltei correndo para o aeroporto, abri
o hangar às pressas e me fui para a decolagem.
A cabeceira mais favorável era a
Leste-Oeste (mais ou menos), sendo que, no final, havia, à direita, a pista
Sul-Norte.
Havia mil metros de pista à minha
disposição. Dava para fazer umas quantas decolagens, se preciso. Embora o vento
fosse de través, preferi tal cabeceira, pois não iria direto para cima da
cidade com as turbulências de edificações, árvores, etc.
Dei manete a fundo e o Fusquinha 1600
correspondeu. Ganhei velocidade normalmente, baixei levemente a asa direita, de
onde vinha o vento e fui compensando o través. Quando, porém, perdi contato com
o solo, a guinada à direita foi violenta. O 15 BIS queria voar de lado de
qualquer jeito.
Aí dei-me conta de que o Vento Norte
não estava para brinquedo. Como tenho aquilo e tenho medo, tomei uma rápida e acertada
decisão. Já que o avião derivava tanto para a direita, era só deixar a natureza
agir, alinhar com a pista Sul Norte e
pousar feito um helicóptero, pois a velocidade do vento era medonha. Pois não é
que deu certo?
De pernas bambas e molhado de suor, fui para o hangar e fiquei bem quietinho.
“Todo o vento Norte sempre enfraquece
ao entardecer. Dificilmente continua forte ou aumenta à tardinha. Vou esperar.”
Voltei ao centro, agora para o almoço.
Um
olho no prato, outro na agitação das árvores que via pela janela do restaurante.
Estavam quase paradas, de novo.
“Vento pirado, esse. Aumenta e diminui
tão rápido.”
Aeroporto de novo. A ansiedade por
voar, cada vez maior. As árvores balançando me pareciam estar na mesma agitação
de tantas outras vezes em que voara sem problemas. Era voar o quanto antes, a
fim de evitar que a natureza mudasse de idéia.
Dessa vez encarei a pista Sul-Norte. O
ventão, se existisse, bateria direto na cara e não haveria alternativa, para
pouso em pista perpendicular.
Saí do chão com uma facilidade, como se
o motor fusquinha tivesse uns 200 hps... Ganhei altitude rapidamente e achei
que tudo estava dentro da normalidade. Pouca turbulência. O vento, de fato,
amainara.
“É para já que estou em São Gabriel ” –
matutei.
Mas antes de curvar à esquerda, rumo à
terra dos Marechais, há que se avaliar muito bem a situação, pois havia um
baita vale a ser transposto. E se houvesse vento no meio dele?
Já estava estranhando a demora em
chegar, a partir do aeroclube ao Posto da Polícia Rodoviária, coisa de uns 8, 9 km , no máximo, e quase
quinze minutos de vôo.
“Devo ter-me enganado ao disparar o
cronômetro”.
Mesmo assim achei melhor averiguar os acontecimentos e comparar
a velocidade indicada com o GPS. Bem na hora em que olho pro GPS, este indicava
a extraordinária velocidade solo de 40 km/h e a indicada era de 111 km/h . Ou seja, estava
com um ventão de proa de 70 km/h.
O que não tem solução, solucionado está
– diz o ditado.
Com um ventão daqueles, oferecer a asa
para o vento num aviãozinho lento, leve, e de pouco motor, numa área de morros, era fazer a alegria das
funerárias e a tristeza da seguradora. O jeito era seguir reto, rumo a Santa
Maria, esquecer S. Gabriel e, com sorte, pousar quebrando o aparelho em alguma
lavoura, lá por S. Sepé, onde havia muito terreno plano.
Mas a conformação do terreno conspirava
contra mim. Estava bem no alto duma cordilheira e, desviar-me para um dos lados
poderia significar a entrada no meio dum rotor dos ferozes ...
E o surpreendente da coisa é que um
ventão com aquela velocidade, sobre um terreno acidentado quase não gerava
turbulência. Era quase como voar sobre a água.
Claro que a essas alturas eu já
estava lá no décimo andar, mas não passara dos três mil pés. Desisti de
continuar subindo porque uma vez, quando tentara fugir dum ventão Leste, acabei
entrando numa zona de ventos cruzados, coisa de arrepiar os cabelos do nariz
... Naquela ocasião voltei imediatamente à doce e previsível turbulência
orográfica.
Neste caso, a velocidade do vento
era aterradora, mas a turbulência quase nula. O jeito era ir remando, remando,
a quarenta, cinquenta, no máximo sessenta quilômetros. Os tanques estavam
cheios, dava para sair dos morros e chegar à zona das lavouras de arroz. Num
aperto, até a Base Aérea de Santa Maria poderia servir para um pouso de
emergência. Comandos na mão direita, carteiras de piloto na esquerda ...
Quando estava quase fora da zona
acidentada, arrisquei uma curva derrapada à esquerda, preparado para o imediato
retorno à proa antiga, caso o avião sacudisse, derivasse muito. Nada de grave
aconteceu. Atento, esperando que tudo voltasse ao pavor antigo, recorri ao meu
EIC (Equipamento Indicador de Cagaço). Trata-se duma prosaica garrafinha PET de
600 ml, com água. Tem uma precisão que vocês não imaginam: se num dia frio, num
vôo relativamente curto pouso com ela vazia, podem estar certos – algo muito
sério aconteceu... Meia garrafa, vôo estressante. Um quarto de garrafa, apenas
uma sedezinha ou alguma turbulência. Garrafa cheia, piloto feliz – raro vôo sem
susto.
E explico porque são raros os vôos em
que não levo algum sustinho. Acontece que vôo numa pandorguinha, com confiável,
porém fraco motor VW1600, durante longas horas (quase sempre três – sem
escala), sozinho, sem apoio e em regiões, muitas vezes desconhecidas. Assim,
dificilmente não pego uma viração de vento ou outro imprevisto.
Tomei minha água e como não aparecessem
grandes turbulências, fui indo, fui indo, sempre procurando as cristas dos
morros, das coxilhas, nunca deixando que o vento que vinha da direita me
pegasse à esquerda das elevações.
Quando cheguei a Vila Nova, onde há um
acentuado desnível, perdi uns 15minutos de vôo, seguindo pela crista do planalto
até um ponto onde julguei que o rotor não seria tão violento, pois o desnível
era mais suave. Mesmo assim, entrei na descida com a garganta seca e a camisa
molhada.
Felizmente não precisei sujar a
cueca...
O pior passara. Estava conseguindo uma
velocidade solo de até 80 km .
Isto é, o vento de través me roubava 30 km . Isto indicava que o
Nortão não dava folga pro Lambe-Lambe.
O indicador de cagaço aumentando.
Terminara a garrafa dágua e começara uma de coca-cola ...
A
preocupação agora era o pouso, já tido como provável, em S.Gabriel. Pousar
com um traiçoeiro Vento Norte de até 70 km , era de amargar ...
Mas, como falei, o que não tem solução,
solucionado está. Sei lá como ainda consegui fazer umas fotos, com toda aquela
tensão.
À medida em que me aproximava do pouso,
GPS e velocímetro começaram a se entender melhor.
Chegando no aeroporto, a velocidade do
vento era de 10 km .
Para quem enfrentara rajadas de 70, calmaria pura.
Pousei sem problemas, mais uma vez
jurando para mim mesmo que jamais deixaria a ansiedade me levar a um vôo tão
perigoso.
Cumprir
tal promessa já é outra história ...
E, com licença, que só de escrever
sobre a experiência me deu uma sede ...
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Pajadinha Semanal
Na semana do Natal,
Tempo de amor e carinho,
Já soltaram o Garotinho.
Coisas do Tribunal
Supremo e Federal :
Mas que até deu um sinal
Que nem tudo tá perdido.
E o Maluf mui fingido,
Que por pouco não se abala,
Foi preso e de bengala,
Dizendo ter adoecido ...
E essa da inflação
A menos de dois por cento?
Mas só se enxerga aumento:
Saúde, alimentação,
Transporte e educação
Sobem todo o santo dia.
E o governo desfia
Mentirosa lenga-lenga
De perna curta, capenga
Que a todo o povo judia!
Haja saco e paciência
Pra aguentar esse governo!
Passa verão passa inverno,
Reformando a previdência.
Mesmo pouca inteligência,
Vê que o causo é mui sério;
É um baita despautério.
Vão sim nos aposentar,
Pros pilas aproveitar,
Num caixão no cemitério!!!
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