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segunda-feira, 18 de junho de 2012

Minha potranca



Quando tinha cinco anos
Eu ganhei de meu avô
Uma potranca mui linda,
Pra com ela camperear.

   Meu avô me prometeu
   Arreios, pelegos, mango;
   Freio, rédeas de oito tentos,
   Carona e, até cabresto.

Disse que ia dar também
Um laço de sete braças.
Metade dum laço grande;
Que era pra eu pealar terneiro.

   Antes de ser montaria
   Morreu a minha potranca.
   Antes de dar-me os aperos
   Lá se foi o meu avô.

        De nós três só eu sobrei.
        Sem ter pealado terneiro,
        No corredor da existência,       
        De saudades me pealei.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Peleando na Maratona


Peleando na Maratona




A três de junho passado



Levantei de madrugada.

A carreira estava atada,

O compromisso firmado;

Muito tinha treinado;

Chegado era o desafio;

Correr, apesar do frio

Quilômetros, quarenta e dois.

Era largar e depois

Pelear, cheio de brio.



Hidratei-me na cambona.



Aos sessenta era um guri.

E o quera do Toropi

Orgulhoso, então, se entona.

Treinei no gelado ou quente,

Quase esfalfou-se o vivente,

Mas nunca baixei a crista.

E o velho maratonista

De novo honrou S. Vicente.


Depois de 42 km, chegar voando e rindo, não é para "pangaré". Tem que ser taura!














domingo, 10 de junho de 2012

O Corredor de "Baratonas"

   Há bastante tempo, quando minha filha Juliana tinha uns seis anos eu já corria os 42 km de uma Maratona.
   Ela já tinha  certa noção do grande desafio que é terminar uma prova dessas. E ficava orgulhosa do pai atleta.
   Assim, sempre que podia, falava que o "Meu pai é corredor de Baratona".
   No seu imaginário infantil talvez pensasse que a organização largava uma barata criada a Toddy na frente dos corredores e que aquele  a alcançá-la ou chegar mais perto seria o vencedor ...

Dia 3 de junho São Vicente teve o seu representante na 29ª Maratona de Porto Alegre. Aqui, o cristão,  o único com o nome da querência no peito, momentos antes da largada para os 42 km.

Quatro horas, vinte minutos e trinta e um segundos depois o velhinho chegava literalmente voando. Notar que os dois pés estão no ar, nesta excelente foto da Sandra. Foi a 34ª Maratona completada pelo representante da Palma - 1º Distrito de São Vicente. Agora aqueles que estranhavam ver um velhinho de cabelo branco correndo perdido entre a Encruzilhada da Mata e São Vicente tem a explicação do "mistério ou loucura". Entre os 1200 que concluíram, o vovô chegou em 921º lugar, 31º na categoria dos sessenta aos sessenta e quatro invernos.

Mas nem tudo são flores. Apenas três dias depois, indo de São Vicente a Santa Maria, logo após a ponte do Ibicuizinho, a morte que o progresso traz junto.

Que animal bonito! Será que daqui a vinte anos ainda teremos esta espécie vivendo em nossa região? Ou viraremos apenas lavoura de soja, arroz, campo de engorda? Dá para unir as coisas.  Produção com preservação. Basta boa-vontade e bom-senso.

O que estes baitas frios não fazem? A gata Pathy e a cachorra Fera curtindo a lareira, uma aquecendo a outra.


Agora, até esquentou. Na hora de fazer o churrasco, pleno meio-dia - calor de seis graus ...

A Sandra ficou na lida de cozinha.


Mas o churrasqueiro teve que se fantasiar de esquimó.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Primeira Postagem

   Estou criando o Blog do Vilsom Barbosa - São Vicente do Sul, onde pretendo publicar escrevinhações, fotos, pajadas, dando ênfase à querência de minha infância, também abordando outros assuntos e imagens.





   Para começar, fotos feitas aqui na chácara, na Palma, no geadão de 8 de junho, com um grau negativo de temperatura. Frio para índio forte. E pensar que muito fui para a aula da Dona Zaida, de pés descalços, quebrando geada parecida com essa  ... se fizer isto hoje, morte certa ...